sábado, 25 de setembro de 2010

Auto-estrada do tempo


Cabe-me a mim decidir

Se fingirei que nada me atinge
Para não continuar magoada
Para não sair derrotada
Desta vida angustiada,
De dias com duração limitada…

Partirei à procura de momentos felizes
Da riqueza de espírito
Do amor sem barreiras
Do caracter mais nobre
E do apreço por mim!!!…

Mas na auto-estrada do tempo sem fim
Os dias passam como um folhetim
Arrastam consigo o presente
Cheios de uma pressa asfixiante
Avidamente, ansiosamente
Apaixonada, cronologicamente

E partem indiferentes para o futuro
Deixando para trás impiedosos
Esse inútil e fugaz ontem do passado

É ai que me encontro
Na sala de demonstrações
Neste laboratório emocional
Repleto de recordações
Em profundas meditações
Ensaiando novas reflexões
Experimentando sensos doutras eras

Não queria estar aqui, desejava ter também partido
Atrai-me tanto o prazer da viagem para o desconhecido
Mas a tal pressa e sem poder parar
Para apreciar, compreender e poder contemplar
Pode ser perigoso e talvez errado
Ou alucinante demais o resultado…
Luisa Alves, 2005

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